Sunday, February 27, 2011

Encontros

Eu  sonho
E a vida se energiza com a falsa presença sentida
O passado, presente no coração e na memória
traduzido em doce que se fixa no paladar
O presente é forte,  se impõe à vida
Risos, trabalhos, amigos, filhos....
Compromissos de outras  eras e vidas
Vivemos, cumprimos e amamos
Futuro iluminado, construído ,
Presente vivido, vencido
Mas à noite, sonhamos
nos encontramos,
amamos.

 
Por Elaine de Santa Helena

Viver e ser poetisa

Li o teu poema.
Traz um tanto de dor,
de tristeza e melancolia
Emerge das entrelinhas puro sentimento.
A falta de ar invade a alma e sufoca,
reajo.
Preciso falar do arco íris
que deslumbro no futuro.
O cinza do passado aperta o peito,
quero apenas o rosa da memória.
Olho pela janela
e vejo o sol resplandecente
e te convido a sair de si.
Viver o mundo
com menos responsabilidades,
mais prazeres.
Deixa o foco da tua lente mais difuso,
veja o espectro das cores
Ama o passado,
sorri com os sonhos
e te liberta para viver o agora
Suaviza o punho,
deixe escorrer os fatos
entre os dedos
A vida verte e pulsa
quando livre das nossas amarras
Escreve
cara poetisa,
Derrama no papel
o que te aperta o peito
E assim, livre,
viva com todas as linhas e cores,
Curte os dias e os amores,
saboreie os momentos como um ajudante aprendiz
E ensina 
a vida na poesia, como um mestre campesino.

Por Elaine de Santa Helena

Sunday, February 20, 2011

Dor

Dor.
Dor ingrata esta que que não posso parar.
Dor da alma que chora, sem poder derramar lágrimas.
Recordações.
O pensamento voa, e as traz consigo.
Caminho.
O caminhar devagar ao longo do verde dos campos.
Fogão.
As conversas ao pé do fogão.
A lenha crepitando.
Comida.
O cheiro da comida.
Você.
A tua presença silenciosa e gentil.
Eu.
O ajudante e aprendiz.
Descascava batatas, lavava verduras
e comentava os acontecimentos do dia a dia.
Você.
Acompanhava as minhas palavras.
Sorriso nos lábios
e a doce expressão da compreensão dos anos vividos.
Dois mundos se encontravam.
O mundo da cidade, do escritório,
das correrias e do tumulto do dia a dia.
O mundo do campo e das coisas simples
- o bisneto que ia nascer,
os netos que graduavam,  
outros que iniciavam o trabalho, os filhos,
nós...
Saudades...
Voo agora no tempo de ontem.
Choro -  não o tempo perdido.
Choro a falta que tu me fazes.
Tempo.
Ah, tempo, que não parás nunca.
Arrasta-nos contigo
e leva-nos a paraísos perdidos
e aventuras no porvir.
Vem,
tempo ingrato.
Leva-me contigo...
para a eternidade dos tempos.

Copyright @RejanedeSantaHelena

Saturday, February 19, 2011

Esta vida estranha

Esta vida estranha
que me encanta
e me espanta,
deixa-me
sem sono
num mundo de sonhos.

Esta vida de sono
sem sonhos,
me angustia
e faz perder o sono.

Esta vida
sem sonhos
sem vida
nao faz sentido.

Esta vida sofrida
e dorida,
mas colorida pelos sonhos da vida
Esta sim, é a minha vida.

@RejanedeSantaHelena
6/9/1999